quarta-feira, 7 de julho de 2010

O antigo e o novo.

Me procurou novamente,
depois de tanto tempo
falou que tava dando um tempo.
Pensei, novamente.

A conheci agora.
Já havia pensado em mudar,
o coração pediu pra mudar
recomeçar do menos um agora.

Não aceitou as novas condições
falou que agora é pra valer,
o outro não fazia valer
colocava nos murros suas condições.

O novo me fez renascer,
no novo encontrei o que faltava,
A última peça do quebra-cabeça que faltava.
Antiga angústia esse amor fez resnascer.

Pediu de joelhos meu perdão,
falou de filhos e cachorro.
Engraçado, sempre me chamou de cachorro,
um cão maltratado daria seu perdão?

Ela é a modernidade,
do medieval quem sente saudade?
Dois minutinho longe já é aquela saudade,
que nada aproxima, nem celular, nem internet, nem qualquer modernidade.

Mas eu só tenho um coração,
dividi-lo é maldade,
escolher seria só a metade.
Inveja dos esquizofrênicos
que na sua cabeça completa as metades.
Eu sofro pelas duas partes!
Dos amores antigos aos novos
nenhum é cara metade.
Para sofrer basta só uma das partes,
com duas faço poema e arte.
Coração partido, dividido, desfigurado, renovado,
configurado, cansado e ufa apaixonado.
Mas só pelas metades.
(João Camilo)

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